A liberdade consiste em ser audaz. - Robert Frost
Tabela do Conteúdo
Europa é uma lua de Júpiter de aspecto estranho com um grande número de formações que se entrecruzam. É diferente de Calisto e de Ganímedes com as suas crustas cheias de crateras. Europa quase não tem crateras tal como quase não tem relevo vertical. Conforme disse um cientista, as formações "poderiam ter sido pintadas com um marcador de feltro". Existe a possibilidade de Europa ser internamente activa devido ao calor gravital a um nível de um décimo ou menos do que o de Io. Modelos do interior de Europa mostram que abaixo de uma crusta fina com apenas 5 km (3 milhas) de água gelada, Europa parece ter oceanos com até 50 km (30 milhas) de profundidade ou mais. As marcas visíveis de Europa podem ser o resultado da expansão global em que a crusta seria fracturada, preenchida com água e congelada.
Animações de Europa |
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Vistas de Europa |
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Ver também: Imagens Adicionais de Europa, da Galileo.
Europa
Esta é uma das imagens de mais alta resolução de Europa obtidas pela
Voyager 2.
Mostra a suavidade da maior parte da superfície e a quase ausência de crateras de impacto.
Foram encontradas apenas três crateras com mais de 5 km de diâmetro.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
O Interior de Europa
Esta vista em corte mostra a estrutura interna possível de Europa. Foi
criada a partir de um mosaico de imagens obtidas em 1979 pela nave espacial
Voyager da NASA. As características interiores são deduzidas
pelas medidas do campo gravitacional e do campo magnético obtidas
pela Galileo. O raio de Europa mede 1565 km, não muito mais pequeno
do que o raio da nossa Lua. Europa tem um núcleo metálico
(ferro e níquel - mostrado em cinzento) desenhado na dimensão
relativa correcta. O núcleo é rodeado por um escudo rochoso
(mostrado em castanho). A camada rochosa de Europa (desenhada na escala
relativa correcta) é por sua vez rodeada de um escudo de água
em forma líquida ou gelada (mostrada em azul e branco e desenhada
na escala relativa correcta). A camada superficial de Europa
está mostrada em branco para indicar que pode diferir das camadas
subjacentes. As imagens de Europa obtidas pela Galileo sugerem que um
oceano de água líquida pode estar por baixo de uma camada
superficial de gelo com uma espessura de quase dez quilómetros. No
entanto, esta evidência também é consistente com a existência de um oceano de água líquida no
passado. Não é certo que exista um oceano de água
líquida no presente.
(Copyright 1999 por Calvin J. Hamilton)
Europa - Passado e Futuro
Esta fotografia artística representa Europa durante o início da criação do Sistema Solar. Nesta altura, os oceanos agraciavam a superfície de Europa. Por a água líquida ter existido no passado, poderá a vida ter-se formado e existir ainda hoje? Os ingredientes primários para a vida são a água, o calor e componentes orgânicos obtidos de cometas e meteoritos. Europa tinha todos esses ingredientes. Das imagens e informações recolhidas pela sonda Galileo, os cientistas acreditam que existiu um oceano abaixo da superfície na história relativamente recente e pode ainda estar presente abaixo da superfície gelada. A água de Europa pode ter congelado há muito tempo, mas pode ocorrer um aquecimento devido à atracção gravitacional entre Júpiter e as luas vizinhas.
Esta fotografia artística pode também representar Europa daqui a 7 biliões de anos, depois do Sol se transformar numa gigante vermelha. O calor do Sol envelhecido será suficiente para derreter o gelo e novamente produzir um oceano.
(Copyright 1998 por Calvin J. Hamilton)
Europa a Distância
Esta vista de Europa foi obtida pela Voyager 2 e mostra uma superfície brilhante
e de pouco contraste com uma teia de linhas que cruzam uma grande parte da sua
superfície.
(Copyright: Calvin J. Hamilton)
Cordilheiras em Europa
Esta vista de Europa mostra uma parte da superfície que foi muito modificada
por fracturas e cordilheiras. Esta figura cobre uma área de cerca de 238
quilómetros (150 milhas) de largura por 225 quilómetros (140
milhas), ou aproximadamente a distância entre Los Angeles e San Diego (em Portugal, aproximadamente a distância entre Lisboa e Aveiro).
Cordilheiras simétricas nas faixas escuras sugerem que a crusta da superfície foi
separada e preenchida com material mais escuro, algo parecido com o que
acontece à expansão nas depressões oceânicas na Terra. Apesar de serem visíveis
algumas crateras de impacto, a sua ausência generalizada indica uma superfície jovem.
As cordilheiras mais jovens, tais como as duas formações que atravessam o centro
da figura, têm fracturas centrais, colinas alinhadas e manchas escuras irregulares.
Estas e outras formações podem indicar criovulcanismo, ou processos relacionados
com erupção de gelo ou gases.
Esta imagem, centrada a 16 graus de latitude sul e 196 graus de longitude oeste,
foi obtida a uma distância de 40,973 quilómetros (25,290 milhas) em 6 de
Novembro de 1996 pela câmara de televisão de imagens em estado sólido a bordo
da sonda Galileo durante a sua terceira órbita
à volta de Júpiter.
(Cortesia NASA/JPL)
Vistas da Europa em Cor Natural e Falsa
Esta imagem mostra duas vistas do hemisfério de trás (oposto ao da frente, no
sentido da translação do satélite em volta de Júpiter) da Europa. A imagem da
esquerda mostra a cor aproximadamente natural da Europa. A imagem da direita é uma
composição em cor falsa combinando as imagens em violeta, verde e
infravermelho para salientar as diferenças das cores na crusta da Europa
predominantemente de água gelada. As áreas em castanho escuro representam materiais
rochosos procedente do interior, implantado pelo impacto, ou de uma combinação
de fontes procedências interiores e exteriores. Planícies brilhantes nas áreas
polares (acima e abaixo) são mostradas em tons de azul para distinguir possível
gelo em grãos grossos (azul escuro) de gelo em grãos finos (azul claro).
Linhas escuras e longas são fracturas na crusta, algumas com mais de 3,000
quilómetros (1,850 milhas) de comprimento. A formação brilhante com uma mancha
central escura no terço inferior da imagem é uma cratera de impacto jovem com cerca
de 50 quilómetros (31 milhas) de diâmetro. Esta cratera foi provisoriamente denominada
de 'Pwyll', segundo o deus céltico do submundo.
(Cortesia DLR)
Imagem em Falsa Cor da Região Minos Linea
Foi usada aqui a cor falsa para realçar a visibilidade de algumas formações
nesta composição de três imagens da região Minos Linea na lua Europa de Júpiter
obtida em 28 de Junho de 1996, hora universal, pela sonda Galileo. Bandas triplas,
linhas e terrenos manchados, aparecem em tons castanho e avermelhado, indicando
a presença de contaminantes no gelo. As planícies geladas, mostradas em tons
azulados, subdividem-se em unidades com diferentes albedos a comprimentos de onda no infravermelho provavelmente devido a diferenças no tamanho do grão do gelo.
A composição foi produzida a partir de imagens com comprimento de onda efectivo
de 989, 757 e 559 nanómetros. A resolução espacial das imagens individuais varia
de 1.6 a 3.3 quilómetros (1 a 2 milhas) por pixel. A área coberta, centrada em
45 N, 221 W, tem cerca de 1,260 km (cerca de 780 milhas) de diâmetro.
(Cortesia NASA/AMES)
Imagem da Europa do Infravermelho Próximo, da Galileo
O Espectrómetro do Infravermelho Próximo (Near Infrared Mapping Spectrometer - NIMS)
na sonda Galileo fotografou uma grande parte da Europa, incluindo as região do polo
norte, em grande resolução espectral a uma distância de 156,000 km (97,500
milhas) durante o encontro G1 em 28 de Junho de 1996. A imagem da direita mostra
Europa vista pelo NIMS, centrada a 25 graus de latitude N, 220 de longitude W.
Este é o hemisfério que está sempre virado para o lado oposto de Júpiter. A imagem
da esquerda mostra o mesmo ponto de vista das informações da Voyager (dos
encontros em 1979 e 1980). A imagem NIMS é da banda de água de 1.5 micron, na parte
infravermelha do espectro. Uma comparação das duas imagens, infravermelho e visível,
mostra um contraste brilhante marcado na banda de água de 1.5 micron do NIMS de
área para área na superfície de Europa, demonstrando a sensitividade do NIMS a
alterações da composição. O espectro do NIMS mostra composições da superfície
variando desde simples água gelada até misturas de água e outros minerais que
parecem vermelhos ao infravermelho.
Gelo Partido da Europa
A lua Europa de Júpiter, vista nesta imagem obtida em 27 de Junho de 1996 pela
sonda Galileo da NASA, mostra formações em algumas áreas que se assemelham a
bancos de gelo vistos nos mares polares da Terra. Europa tem uma crusta gelada que
foi muito fracturada, conforme está indicado pelas bandas lineares escuras,
curvas, em forma de cunha que se notam na foto. Estas fracturas partiram a
crusta em placas que chegam a atingir 30 quilómetros (18.5 milhas) de comprimento.
As áreas entre as placas estão preenchidas com material que provavelmente era gelo
contaminado com detritos rochosos. Algumas placas foram separadas e mudaram de
posição. A densidade da Europa indica que tem um escudo de água gelada com quase
100 quilómetros (cerca de 60 milhas), do qual uma parte pode ser líquida.
Poderia estender-se água gelada da superfície até ao interior rochoso, mas
as formações vistas nesta imagem sugerem que o movimento das placas de gelo
quebradas foi lubrificado pelo gelo macio ou água líquida abaixo da
superfície no momento da quebra.
Esta imagem cobre parte da zona equatorial de Europa e foi obtida a uma distância
de 156,000 quilómetros (cerca de 96,300 milhas) pela câmara de imagens em estado
sólido da sonda Galileo. O norte é para a direita e o Sol está aproximadamente
na vertical. A área mostrada tem aproximadamente 360 por 770 quilómetros (220-por-475
milhas ou aproximadamente a área do Nebraska - quase o dobro da largura de Portugal
e 1.25 vezes a altura), e a formação visível mais pequena tem cerca de
1.6 quilómetros (1 milha) de lado.
(Cortesia NASA/JPL)
A Superfície Activa de Europa
Uma cratera de impacto recentemente descoberta pode ser vista à direita do centro
desta imagem da lua Europa, de Júpiter, enviada pela câmara da sonda Galileo da NASA.
A cratera tem cerca de 30 quilómetros (18.5 milhas) de diâmetro. O impacto escavou
a crusta gelada de Europa, espalhando detritos (vistos como matéria esbranquiçada)
pelo terreno circundante. Está também visível uma banda escura, denominada Belus Linea,
que se estende de leste para oeste através da imagem. Este tipo de formação, que os
cientistas chamam de "banda tripla", é caracterizada por uma faixa brilhante no meio
da imagem. As margens exteriores desta e de outras bandas triplas são difusas,
sugerindo que o material escuro foi posto ali como resultado de possível actividade
tipo geyser, que projectou gás e detritos rochosos do interior da Europa.
O padrão curvo em forma de "X" visto no canto inferior direito da imagem parece
representar fracturas da crusta gelada e o seu preenchimento com gelo derretido
que congelou no mesmo lugar.
A cratera está centrada a cerca de 2 graus de latitude norte por 239 graus de
longitude oeste. A imagem foi obtida de uma distância de 156,000 quilómetros (cerca
de 96,300 milhas) em 27 de Junho de 1996, durante a primeira órbita da Galileo
à volta de Júpiter. A área mostrada tem cerca de 860 por 700 quilómetros (530 por
430 milhas), ou aproximadamente a dimensão de Oregon e Washington juntos (aproximadamente
a dimensão da Península Ibérica).
(Cortesia NASA/JPL)
Bandas Escuras em Europa
Bandas escuras entrecruzadas na lua Europa de Júpiter representam os extensos
efeitos da fractura e de possível erupção de gases e material rochoso do
interior da lua neste mosaico de quatro imagens da sonda Galileo da NASA.
Estas e outras formações sugerem que existia gelo macio ou água líquida
abaixo da crusta de gelo no momento da ruptura. As informações obtidas não
descartam a possibilidade que tais condições existam actualmente na Europa.
As fotos foram obtidas de uma distância de 156,000 quilómetros
(cerca de 96,300 milhas) em 27 de Junho de 1996. Muitas das bandas escuras
têm mais de 1,600 quilómetros (1,000 milhas) de comprimento, excedendo o
comprimento da falha de Santo André, na Califórnia (a distância, em linha
recta, entre Lisboa e Luxemburgo). Muitas das formações vistas neste mosaico
resultaram de impacto meteorítico, incluindo uma cratera de 30 quilómetros
(18.5 milhas) de diâmetro visível como uma cicatriz brilhante no terço
inferior da figura. Além disso, dezenas de crateras pouco profundas vistas
em alguns terrenos ao longo do terminador do satélite (a área sombreada
acima à direita na imagem) são provavelmente crateras de impacto.
Outras áreas ao longo do terminador não têm crateras, indicando superfícies
relativamente jovens, sugestivas de erupções recentes de gelo derretido do
interior. O quarto inferior do mosaico inclui terreno altamente fracturado
em que a crusta gelada foi quebrada em troços que chegam a ter 30 quilómetros
(18.5 milhas) de extensão.
O mosaico cobre uma grande parte do hemisfério norte e inclui o polo norte no
cimo da imagem. O Sol ilumina a superfície à esquerda. A área mostrada está
centrada a 20 graus de latitude norte e 220 graus de longitude oeste e é quase
tão larga como a zona dos Estados Unidos a oeste do rio Mississipi.
(Cortesia USGS Flagstaff)
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